UMA LEITURA MAÇÓNICA DA ARQUITECTURA E ESTATUÁRIA
A maioria dos Lisboetas sabe que a sua cidade contém preciosidades arquitectónicas. Todos aqueles que já deambularam por Lisboa repararam na estatuária de Deuses e Deusas que emolduram monumentos e fachadas de edifícios, mas já pararam para se questionar o que representarão? Quem foram os seus autores?
A maioria dos Portugueses também sabe que em 1755 ocorreu em Lisboa um grande terramoto. Tendo a Baixa ficado arrasada, iria iniciar-se uma quase épica obra de reconstrução, num espaço aberto a uma nova arquitectura. Teria o Marquês de Pombal encomendado um projecto baseado num conceito de Arte Real, de Simbolismo Oculto, Geometria Sagrada e Alquimia?
Lisboa, como todas as cidades de sete colinas, Jerusalém e Roma por exemplo, é considerada pela Tradição Teúrgica uma urbe sagrada. Para quem chegava por mar, a entrada no “Grande Templo” fazia-se pelo Cais das Colunas; colunas essas tão caras à simbologia maçónica e que aqui poderão representar as colunas do Templo de Salomão, as Colunas Boaz e Jaquin, B e J, respectivamente. As duas colunas sintetizam as duas polaridades de rigor e misericórdia, de força e beleza. A coluna B significa a força e a coluna J a estabilidade.
A coluna é um dos elementos fundamentais da arquitectura, assegurando a solidez e a estabilidade se suporte do edifício. Existem diversas referências que consideram as Colunas B e J como uma representação antediluvianas construídas para salvar os aspectos essenciais da ciência e do conhecimento. Simbolicamente, toda a Praça do Comércio se encontra “Entre Colunas”, o que na maçonaria quer dizer – “Em segredo, entre Irmãos”.